quinta-feira, 23 de julho de 2009

Imigração em Minas Gerais




A imigração estrangeira começou a se deslanchar a partir de uma lei do Estado de Minas Gerais de julho de 1892, regulamentada no ano seguinte, que previa uma série de facilidades.

Ao mesmo tempo, em Gênova, Itália, foi criada “Superintendência de Emigração na Europa". No Rio de Janeiro, criou-se a “Agência Fiscal de Immigração".

No período entre os anos 1893 e 1895, o governo mineiro iniciou o processo de imigração com quatro contratos.

Trabalhadores começaram a ser atraídos com propaganda. Jornais italianos, em editais, anunciavam a concorrência de terras na região de Curral de el-Rey.

Em 1896, um panfleto com informações sobre imigração para Minas Gerais foi divulgado em toda Itália.

O primeiro contrato do Governo mineiro foi assinado em 2 de julho de 1892.

Pouco mais de dois anos, um navio com os primeiros 292 imigrantes italianos com destino ao “Arraial do Curral de el Rey" chegou ao porto do Rio de Janeiro.

Destes pioneiros, alguns teriam sido direcionados para a “Fazenda do Barreiro", onde o engenheiro maranhense Aarão Reis organizava o primeiro núcleo agrícola nas redondezas da futura capital. Em 2 de julho de 1893, outro contrato com J. N. de Vicenzi e Filhos trouxera 2.000 imigrantes para o Estado e em 1 de dezembro de 1894 Camilo Cresta era contratado para trazer mais 10.000.

Em 30 de outubro de 1895, ainda outro contrato firmado com Cavenzi e Gallezzi, traria às custas do Estado outros tantos.

Outros contratos de imigração se seguiram, e os imigrantes, antes de chegarem às terras prometidas, eram alojados em por alguns dias nas “hospedarias de immigrantes", “abrigos precários, como o que foi construído pelo engenheiro Francisco Bicalho em Belo Horizonte.

O fim da imigração deixou de existir a partir de 1897, ano da inauguração de Belo Horizonte, quando o governo do estado entra em uma grave crise financeira e elimina o subsídio que oferecia à emigração.

Além disto, em março de 1902, quando a parte mais significativa da corrente emigratória italiana tinha trocado o Brasil pelos Estados Unidos como destino preferencial, um decreto do governo italiano proibiu a emigração estimulada e gratuita para o Brasil, atendendo às já insistentes denúncias de mal tratamento a que eram submetidos muitos imigrantes, especialmente nas fazendas de café em São Paulo.

A presença italiana no interior também foi decisiva em muitas cidades mineiras, tais como Juiz de Fora (1880), Poços de Caldas, São João del Rey, Ubá, Ouro Fino, Monte Sião e muitas outras.

Fontes: JORNAL HOJE EM DIA - FIEMG – ACIBRA –– ENGº TEODORO MAGNI