sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Corte Suprema suspende advogado brasileiro de imigração por 1 ano na Flórida

Corte Suprema suspende advogado brasileiro de imigração por 1 ano na Flórida



O advogado Max Ricardo Whitney terá que ressarcir a quantia de US$ 24.246 ao seu ex-cliente, o Dr. Michael G. Hill (Foto: Gazeta Brazilian News)

Max Ricardo Whitney era membro da Ordem dos Advogados (BAR) da Flórida há 17 anos e enfrentou a acusação de prática profissional indevida (malpractice)

Na quinta-feira (5), a Corte Suprema suspendeu por 1 ano o advogado de imigração brasileiro Max Ricardo Whitney, que atuava em Deerfield Beach (FL), considerado culpado das acusações de não trabalhar no caso de um cliente, receber pelo serviço e dificultar o julgamento; depois de ser acionado judicalmente por prática profissional indevida (malpractice). Max era membro da Ordem dos Advogados (BAR) da Flórida há 17 anos e recebeu a suspensão de um ano pelo tratamento dado ao caso do Dr. Michael G. Hill e a brasileira Leila Mesquita de Oliveira, segundo documentos postados no website da Corte Suprema na Flórida: (http://www.floridasupremecourt.org/decisions/2013/sc11-1135.pdf) e no portal do Daily Business Review.

Hill planejava casar-se com Oliveira, entretanto, ela estava proibida de retornar aos Estados Unidos por 20 anos, pois já havia entrado clandestionamente duas vezes no país. Whitney foi contratado para resolver o problema do casal e recebeu a quantia de US$ 19.365. O advogado realizou duas viagens ao Brasil para trabalhar no caso e, durante mais de 1 ano, nenhum progresso foi conquistado. Quando Hill o contatou em busca de informações, foi ignorado por Whitney. Finalmente, ele disse ao seu cliente que não havia iniciado nenhum procedimento na aquisição da residência legal para Oliveira e aconselhou Hill a casar-se com ela no Brasil. Além disso, o advogado informou-lhe que precisaria de mais dinheiro para avançar no caso. Em virtude disso, o cliente tirou Whitney do caso e exigiu que ele devolvesse o dinheiro já pago e os documentos pessoais de Oliveira. O advogado recusou-se.

Em 2005, Hill apresentou uma ação judicial por negligência. Durante o andamento do caso, Whitney não apresentou os documentos exigidos e não compareceu para uma acariação (deposition). Em 2006, o Tribunal decidiu que o réu não cumpriu as determinações judiciais e recusou-se a participar de uma acariação (pretrial discovery).

No julgamento final, incluindo os custos legais, o total a ser ressarcido foi de US$ 24.246, com a possibilidade de apelação. Após uma investigação pelo Bar da Flórida, foi sugerido 90 dias de suspensão, entretanto, a Corte Suprema descordou e acatou a recomendação da Associação dos Advogados.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Três novos Centros de Requerimento de Vistos (VACs) abrirão nos seguintes endereços :

Comunicado importante

Três novos Centros de Requerimento de Vistos (VACs) abrirão nos seguintes endereços:
  • 2 de outubro de 2013: Avenida das Américas, 3500, Ed. Le Monde Offices – Torre Hong Kong, sala 612, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
  • 3 de outubro de 2013: Brasilia Shopping and Tower, quadra 5, Setor Comercial Norte - SC / lote sala 1126, Brasilia.
  • 4 de outubro de 2013: Avenida das Nações Unidas, No. 12.551, salas 1809 e 1810, 18o andar, World Trade Center Sao Paulo, São Paulo.
Os  atuais VACs-CSC dessas cidades continuarão a prestar serviços normalmente até lá. Os pedidos de visto recebidos pelos VACs-CSC continuarão a ser  processados - NÃO há necessidade de contatar o Consulado Geral do Canadá. Os passaportes a serem entregues após o fechamento dos VACs-CSC serão devolvidos pelo Consulado diretamente aos requerentes.
Seja bem-vindo ao setor de vistos do Consulado Geral do Canadá em São Paulo, Brasil.
Para informações sobre viagens para o Canadá e para saber como fazer um pedido de visto, consulte nossa lista de serviços abaixo.
Prestamos esses serviços aos cidadãos brasileiros ou pessoas legalmente admitidas no Brasil

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Memória da imigração japonesa em tom poético

 



Memória da imigração japonesa em tom poético
Em ‘Tokiori’, Paulo Pastorelo mescla cartas, depoimentos e filmes para retratar trajetória de famílias em São Paulo
21 de novembro de 2013 | 18h 18

Notícia


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Luiz Zanin Oricchio - O Estado de S. Paulo




Divulgação
Cena de 'Tokiori'

Memórias da imigração são sempre muito comoventes. Ainda mais quando tratadas com a sensibilidade empregada por Paulo Pastorelo neste belíssimo Tokiori – Dobras do Tempo. A entrevistas com personagens, o autor mescla seu depoimento pessoal, cartas, filmes e músicas para compor o painel da imigração japonesa ao Brasil, em particular a São Paulo. Seu foco são cinco famílias estabelecidas no bairro de Graminha, distrito de Oscar Bressane, no oeste paulista, a 500 quilômetros da capital.

O, digamos assim, pivô da história é Yoshie Sato, que chegou ao Brasil aos nove anos de idade, acompanhada dos pais e irmãos. A família chegou a Graminha em 1936 e, através de uma série de casamentos, uniram-se em parentesco às famílias fundadoras do bairro, os Yanai, Yoshimi, Funo e Okubo.

Aos poucos, a memória da imigração vai se estabelecendo através dos elementos reunidos pelo diretor. Em especial, pelo vai e vem que se estabelece entre Brasil e Japão quando o fluxo se inverte e muitos brasileiros descendentes de japoneses seguem para a terra dos ancestrais em busca de vida melhor. Exatamente o que havia motivado esses ancestrais a procurarem uma terra tão distante e improvável como o Brasil.

Pelos depoimentos dos mais velhos, temos um retrato de como nos viam. Uma terra ignota, selvagem, incompreensível. Uma vez estabelecidos, afloram alguns preconceitos, como o de que o “brasileiro não gosta de trabalhar”. Por outro lado, a incorporação inevitável dos costumes locais, o feijão com arroz cotidiano à mesa. São experiências contraditórias, cruzadas, aquele sentimento que os franceses descrevem comodépaysement – a falta de solo na ausência do país de origem e das suas referências culturais.

Alguns fatos notáveis emergem em meio às lembranças banais do cotidiano. A guerra e suas consequências, quando os japoneses foram considerados inimigos internos e vistos com desconfiança. A experiência talvez tenha sido ainda mais dramática para os japoneses, com a divisão interna na colônia entre os que acreditavam que os japoneses haviam sido derrotados e os que se recusavam a crer nos fatos.

Mas é no âmbito subjetivo que este documentário apresenta suas melhores cartas. Nas fotos que, em seu rigoroso silêncio, não cessam de falar e nas cartas, uma em especial que narra a longa e penosa travessia marítima do Japão ao Brasil. A magia sofrida da imigração, este estar perene entre duas culturas e duas esperanças, desvela-se então por inteiro. Quem é imigrante, ou de família de imigrantes, sabe o que é isso.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A imigração, ontem e hoje






A imigração, ontem e hoje

ESCRITO POR BLOG DO MR. X | 27 SETEMBRO 2010
ARTIGOS - CULTURA
Anteriormente, o imigrante que chegava tinha que se adaptar às leis e costumes do país, ou ao menos aprender o idioma. Hoje em dia, parece ser o contrário: é o país hóspede aquele que tem que se curvar à religião dos recém-chegados para não "ofendê-los".



Séculos atrás, brancos europeus invadiram a América e instalaram colônias, suplantando e/ou misturando-se com a população local de índios e trazendo escravos da África para trabalhar.

Hoje, está havendo uma colonização ao contrário. Árabes, africanos e índios (na forma de mestiços latinos) estão colonizando EUA e Europa. É a vingança dos colonizados.
Alguns dirão que o termo "colonização" é exagerado, já que, ao menos por ora, os imigrantes (legais ou ilegais) estão em posição subserviente. Tudo bem, mas na prática o resultado é o mesmo: uma redução da população nativa e mistura com os novos imigrantes. Imagine que, em vez dos europeus terem descoberto a América, milhares de índios em pirogas tivessem atravessado o Atlântico e ido parar na Europa: é, mais ou menos, o que está acontecendo hoje.

A imigração sempre existe e sempre existiu e sempre existirá, desde que os primeiros hominídeos abandonaram a África e tribos da Ásia atravessaram o estreito de Bering para chegar à América. É natural que as pessoas queiram melhorar de vida e saiam de países pobres para países onde podem ter maiores oportunidades (O Marcelo Augusto tem um bom post sobre isso).

E a vida dos imigrantes sempre foi difícil. Os italianos que chegaram à Argentina e Brasil foram enganados e vilipendiados. Na Argentina, eram ironizados pelo seu sotaque e pelas suas vestimentas. Nos EUA, há incontáveis relatos sobre a difícil vida dos vários grupos de imigrantes que chegaram ao país.

Qual o problema agora? A imigração que ocorre hoje é diferente por qual razão?

Acho que é o seguinte. Anteriormente, os imigrantes enfrentavam grandes dificuldades, e não recebiam ajuda alguma, ao contrário. Só os mais tenazes sobreviviam e prosperavam, mas ainda assim muitos até enriqueceram. Porém, hoje em dia, graças à cultura do coitadismo, grande parte dos imigrantes de terceiro mundo que chegam a países desenvolvidos basicamente recebem subsídio para viver e procriar sem trabalhar, de modo que os mais inúteis são os mais beneficiados. Se chegam ilegalmente, é melhor ainda, são os primeiros da fila.

Os imigrantes legais, pessoas muitas vezes com estudo, conhecimento da língua e capacidade, precisam esperar anos e realizar árduos trâmites burocráticos até obter a residência, isso no caso em que consigam. Tente obterlegalmente a cidadania americana ou de algum país europeu para ver o que é bom para a tosse. E espere sentado, ou vai cansar.

Agora, se você chega como refugiado ou como imigrante ilegal, se está envolvido com drogas, crime, fundamentalismo islâmico ou é apenas um miserável sem estudo, todo o establishment progressista se curva para ajudá-lo, afinal você é uma "vítima do sistema". Às vezes até parece que os progressistas querem mesmo instalar no país as piores pessoas possíveis. Afinal, sejamos sérios, bem menos pessoas nos EUA ou na Europa teriam problemas com uma invasão de engenheiros japoneses ou de modelos suecas. O que incomoda é a "ralé".

(E antes que você me chame de preconceituoso ou de não querer ajudar os pobres, eu digo o seguinte: uma coisa é fazer caridade e ajudar os pobres a melhorar de vida, o que é bom e cristão. Mas imagine que grupo de "maloqueiros" se instale ao lado de sua casa, toque pagode todas as noites, grite, beba, jogue lixo na rua, e ainda tente vender drogas para suas crianças. Agora imagine que esse mesmo grupo se instale dentro da sua casa, e ainda exija que você o sustente. Pois bem, é mais ou menos o que está acontecendo.)

O pior de tudo é que esses imigrantes que não trabalham, envolvem-se com crime ou terrorismo, e recebem ajuda do Estado (isto é, dos nativos que pagam imposto) acham que têm direito a isso e tudo mais.

Vejam o caso desta tia queniana de Obama, que viveu ilegalmente por mais de dez anos nos EUA, mas apesar de sua ilegalidade, recebeu uma casa onde morava gratuitamente e mais 700 dólares mensais, que é mais do que muitos trabalhadores recebem. Este ano, com uma ajudinha dos federais provavelmente influenciada pelo sobrinho presidente, conseguiu sua legalização no país. Em vez de agradecer, ela afirma: "se eu chego como imigrante, o país tem a obrigação de me aceitar como cidadã".

Outra diferença que se percebe é a seguinte: anteriormente, o imigrante que chegava tinha que se adaptar às leis e costumes do país, ou ao menos aprender o idioma. Hoje em dia, parece ser o contrário: é o país hóspede aquele que tem que se curvar à religião dos recém-chegados para não "ofendê-los"; é o país hóspede que tem que colocar cartazes e formulários em espanhol, árabe ou seja qual for o idioma do infeliz sem que este nem mesmo precise aprender o idioma local; é o país hóspede que tem que aceitar como norma os vestuários estranhos dos forasteiros.

Finalmente, outra diferença é a escala: a globalização permite o movimento massivo de pessoas em números jamais vistos (pelo menos um milhão de novos imigrantes chega por ano aos EUA, na Europa há números similares somados à bem maior taxa de natalidade dos muçulmanos).

Talvez o problema mesmo seja a mentalidade marxista de igualitarização entre todos, que levada às últimas conseqüências assume mesmo que os "países ricos" deveriam aceitar e sustentar os milhões de "pobres", e também o Estado de Bem-Estar Social, que não é compatível com a imigração ilimitada, afinal os benefícios são limitados e um dia acabam. Este comercial de um partido sueco ilustra bem a situação.

A imigração em si não é uma coisa negativa, desde que seja feita seguindo certos critérios. O que está ocorrendo hoje em dia não é imigração, é pura e simplesmente terceiromundização (nos EUA) e islamização (na Europa), em nome de uma idéia equivocada de que "todas as culturas são iguais" e de que "todos têm direito a tudo o que quiserem".




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Tags: islamismo | cultura | EUA | Europa | esquerdismo

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Imigração no Brasil

















IMIGRAÇÃO NO BRASIL


O intenso processo de imigração no Brasil, principalmente entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX, deixou fortes marcas de mestiçagem e hibridismo cultural, constituindo um importante fator na demografia, cultura, economia e educação deste país

O povoamento pré-colonial

Quando os primeiros portugues aportaram no Brasil, em 22 de abril de 1500, encontraram no território grupos humanos que já viviam ali há pelos menos 10 mil anos. Há diversas teses sobre a origem dos povos indígenas, mas a mais aceita que vieram da Ásia, atravessando o estreito de Bering, que ligava a Sibéria e com a América do Norte. Em 1500, sua população é estimado entre 2 e 5 milhões de indivíduos.

O povoamento português
Imigração Portuguesa para o Brasil durante o Período Colonial
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


Década
Nacionalidade 1500-1700 1701-1760 1808-1817
Portugueses 100.000 600.000 24.000


Até a abertura dos portos ocorrida em 1808, o povoamento europeu no Brasil foi quase que exclusivamente português. Mais de 700.000 portugueses se deslocaram para sua colônia americana neste período. O povoamento lusitano começou efetivamente em 1532, a partir da fundação do povoado de São Vicente. A imigração de lusos no período colonial ficou por muito tempo estagnada, tendo em vista que Portugal tinha uma população muito pequena, e era difícil mandar colonos para o Brasil.

Entre 1500 e 1700, 100.000 portugueses se deslocaram para o Brasil, a maioria dos quais fazia parte da iniciativa privada que colonizou o País: grandes fazendeiros ou empresários falidos em Portugal que, através da distribuição de sesmarias, tentavam se enriquecer facilmente e retornar para Portugal. A colonização de exploração foi característica da colonização ibérica pois, ao contrário dos colonos anglo-saxões que tentavam uma vida melhor nas Américas, os colonos lusos procuravam enriquecemento rápido e retorno quase imediato à Metrópole. Dedicaram-se principalmente à agricultura, baseada no trabalho escravo, inicialmente efetuado por indígenas, mas sobretudo por escravos africanos

No século 18 aportaram no Brasil 600.000 portugueses, atraídos pela exploração de ouro que estava ocorrendo em Minas Gerais. Já não eram exclusivamente fazendeiros e agricultores, ganharam caráter urbano e se dedicaram principalmente à exploração do ouro e ao comércio.

No século 19 o Brasil tornou-se independente, dando fim a colonização portuguesa no País, embora a imigração de portugueses continuasse a crescer gradativamente.

Escravidão africana

Embora freqüentemente não seja vista como uma imigração, a escravidão africana no Brasil foi um movimento imigratório, todavia, foi realizado de forma forçada. Seu início ocorreu na segunda metade do século 16, e desenvolveu-se no século 18 até ser proibida em 1850. Ao todo, entraram no Brasil aproximadamente 3 milhões de africanos na forma de escravos.
O povoamento imigrante no Sul



Pintura retratando a chegada dos primeiros Imigrantes alemães ao Brasil, Rio Grande do Sul, 1824

Após a independência, a imigração passou a fazer parte da política Imperial, pois o Sul do Brasil continuava despovoado e alvo da cobiça dos países vizinhos. O governo passou a incentivar a implantação de núcleo de colonos imigrantes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A partir de então, imigrantes alemães, italianos e, em menor escala, eslavos passaram a ser atraídos para o Brasil.

A imigração para o Rio Grande do Sul começou em 1824, com a chegada de imigrantes alemães, que fundaram cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo. Os colonos recebiam 27 hectares de terra na região do Vale do Rio dos Sinos, onde podiam dedicar à agricultura. Pouco mais tarde, os alemães ganharam a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, onde fundaram cidades como Joinville e Blumenau. No Rio Grande do Sul, a colonização alemã se expandiu na direção dos vales dos rios da depressão central, interrompendo-se nas encostas de serras.

A colonização no Sul do Brasil seguiu em ritmo acelerado no entrar da década de 1870, agora efetuada por imigrantes italianos. Todas as colônias foram organizadas da mesma forma: eram divididas em léguas, recortadas no sentido longitudinal por estradas. A maior parte dos colonos se dedicaram à cultura de vinho e ao trabalho nas vinícolas e fundaram cidades como Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Criciúma.

No Paraná, a colonização foi efetuada sobretudo por povos eslavos (poloneses e ucranianos), no final do século 19, onde se dedicaram à agricultura nos arredores de Curitiba (nos vales dos rios Negro e Ivaí).

Mão-de-obra imigrante no café
Imigração para o Brasil, por nacionalidade, por décadas de 1884-1893, 1924-1933 e 1945-1949
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


Década
Nacionalidade 1884-1893 1894-1903 1904-1913 1914-1923 1924-1933 1945-1949 1950-1954 1955-1959
Alemães 22,778 6,698 33,859 29,339 61,723 5,188 12,204 4,633
Espanhóis 113,116 102,142 224,672 94,779 52,405 4,092 53,357 38,819
Italianos 510,533 537,784 196,521 86,320 70,177 15,312 59,785 31,263
Japoneses - - 11,868 20,398 110,191 12 5,447 28,819
Portugueses 170,621 155,542 384,672 201,252 233,650 26,268 123,082 96,811
Sírios e Turcos 96 7,124 45,803 20,400 20,400 N/A N/A N/A
Outros 66,524 42,820 109,222 51,493 164,586 29,552 84,851 47,599
Total 883,668 852,110 1,006,617 503,981 717,223 80,424 338,726 247,944




Um segundo momento importante da história da imigração no Brasil iniciou-se no final do século 19. Esse novo surto imigratório, incentivado pelo governo e pelos senhores do café, foi provocado com o objetivo de substituir a mão-de-obra escrava pela mão-de-obra imigrante. As fazendas de café (principalmente em São Paulo) atraíram 70% dos mais de 5 milhões de imigrantes desembarcados no Brasil nesse período. Esses imigrantes eram, em sua maioria, italianos, mas também haviam portugueses e espanhóis entre eles.

Em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz decretava o fim do tráfico de escravos africanos no Brasil. Influenciados pelas teorias racistas que assolavam a Europa, os imigrantistas associavam os negros à indolência e à preguiça e, por isso, precisavam atrair trabalhadores europeus para substituir os escravos. Nas fazendas, organizava-se um sistema de colonato, uma forma de trabalho semi-assalariado. O imigrante e sua família recebiam o salário misto, entre dinheiro e uma pedaço de terra para plantar seu própio sustento. As jornadas de trabalho exaustivas e a exploração por parte dos fazendeiros faziam os imigrantes rapidamente deixarem as colheitas de café e partirem para os centros urbanos, onde se dedicaram ao comércio e à indústria.

A imigração no século 20

No século 20 o Brasil passou por um surto de urbanização. Milhares de pessoas deixaram o campo em busca de melhores condições de vida nas cidades, entre eles, muitos imigrantes. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os italianos se aglomeraram em regiões como a Mooca e Bela Vista, formando um grande número de imigrantes urbanos. Com isso, cresceu o número de operários trabalhando na indústria brasileira. Os imigrantes europeus trouxeram idéias novas que estavam acontecendo na Europa, como o anarquismo, sindicalismo, socialismo e formaram greves operárias que rapidamente se alastraram pelo país.

Imigrantes tipicamente urbanos, como os portugueses, sírios, libaneses e espanhóis se dedicaram em grande parte ao comércio nas cidades. O século 20 também viu crescer o número de judeus desembarcados no Brasil, assim como o início da imigração de japoneses, que alcançou grandes números na década de 1930.

A Lei de Cotas e o declínio imigratório

A Lei de Cotas foi revulgada durante o governo de Getúlio Vargas, na década de 1930. Para o governo, não havia mais espaço para os operários imigrantes, que traziam consigo uma longa tradição de lutas sindicais e libertárias. Essa lei dizia que só podiam entrar no Brasil até 2% por nacionalidade do total de imigrantes entrados no país nos últimos 50 anos, apenas os portugueses foram excluídos dessa lei. Com isso, a imigração foi gradativamente decaindo no país embora, somando-se às crises econômicas enfretadas pelo Brasil.

== Portugueses ==

Os portugueses foram o maior grupo de imigrantes recebidos pelos Brasil, pois sua imigração remonta o século 16, quando os primeiros colonizadores começaram a se estabelecer no país. Os primeiros povoados portugueses no Brasil foram criados ao longo do litoral no primeiro século de colonização. Porém, uma grande imigração de portugueses para o Brasil teve início no século XVIII, em razão da descoberta de minas de ouro na colônia e a superpopulação de Portugal.

Após a Independência, em 1822, a imigração cresceu, mas os portugueses perderam o status de colonizadores e tornaram-se imigrantes comuns. No período colonial (1500-1822) entraram no Brasil aproximadamente 700.000 portugueses, e no período imigratório (1822-1960) aproximadamente 1,5 milhão, totalizando 2,2 milhões de imigrantes portugueses.

== Italianos ==

A imigração italiana no Brasil teve início no ano de 1875. Eram oriundos sobretudo do Norte da Itália (Vêneto, Lombardia, Emília-Romanha, etc), seguidas pelas regiões do Sul (Campânia, Calábria, etc). Imigraram inicialmente devido à pobreza na Itália, que logo se somaram às I e II Guerras Mundiais, perseguições políticas, etc. Chegaram em grande número até 1950, quando entraram aproximadamente 1,6 milhão de italianos no Brasil.

Inicialmente se dedicaram à colonização nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas a grande maioria foi trabalhar nas plantações de café no Sudeste (São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo). Com o início do século 20, muitos italianos rumaram para as cidades e se tornaram operários, comerciantes, etc.

== Espanhóis ==

A pobreza e o desemprego no campo foram os responsáveis pela imigração espanhola no Brasil. Começaram a chegar na década de 1880, sendo 75% com destino às fazendas de café em São Paulo. Imigraram em grande número para o Brasil até 1950, período em que entraram cerca de 700.000 espanhóis no país e eram principalmente oriundos da Galícia e Andaluzia.

No início do século 20 muitos espanhóis se dedicaram ao trabalho na indústria em São Paulo, onde grande parte dos operários eram espanhóis.

== Alemães ==

A imigração alemã no Brasil ocorreu no período de tempo entre 1824 e 1960, tendo entrado no país aproximadamente 260 mil alemães, sendo a maior parte na década de 1920, quando desembarcaram no Brasil 70 mil alemães. Eram das mais diversas parte da Alemanha, destacando-se as regiões de Hunsrück, Saxônia, Renânia, Holstein e Pomerânia. Concentraram-se sobretudo no Sul do Brasil, onde desde o início do século XIX foram criadas colônias alemães.

Os imigrantes recém-chegados da Alemanha recebiam lotes de terra e se dedicavam à agricultura. A imigração foi interrompida entre 1830 e 1844, devido os conflitos no Sul do Brasil. Aproximadamente cem mil alemães foram assentados em colônias agrícolas no Sul do Brasil durante o século XIX, todavia, nem todos se dedicaram à agricultura, também se dedicaram ao comércio nas cidades. Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina absorveram a maioria dos imigrantes alemães, embora sua presença se faça notar no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

O século XX viu crescer o número de judeus que, fugindo as perseguições nazistas, encontraram refúgio no Brasil.

== Japoneses ==

A imigração japonesa no Brasil teve início em 1908, quando os primeiros imigrantes desembarcaram no porto de Santos. Imigraram em grande número até 1940, quando entraram no Brasil cerca de 230.000 japoneses. Eram oriundos das províncias do extremo Sul e extremo Norte do Japão.

A imigração de japoneses inicialmente foi quase toda voltada para o fornecimento de mão-de-obra nas colheitas de café. Porém, a exploração, falta de adaptação e revoltas dos imigrantes japoneses fez o Brasil cancelar a imigração japonesa. Com o fim da I Guerra Mundial, formou-se um enorme fluxo de imigrantes japoneses partindo para o Brasil, em especial para São Paulo e Paraná, muitos dos quais rapidamente saíram do campo e rumaram para as cidades.

== Árabes ==

A imigração árabe no Brasil teve início no final do século XIX, quando o Imperador Dom Pedro II fez uma visita ao Líbano e estimulou a imigração de libaneses para o Brasil. Líbano e Síria foram atacados e dominados pela Turquia, fazendo com que muitos sírios-libaneses imigrassem para o Brasil, muito dos quais possuíam passaporte da Turquia, e eram muitas vezes confundidos com turcos quando chegavam ao Brasil. Até 1930, cerca de 100.000 árabes entraram no Brasil.

A partir do início do século XX a imigração árabe no Brasil cresceu rapidamente, concentrando-se nos grandes centros urbanos, onde se dedicavam sobretudo ao comércio. A maioria dos árabes no Brasil eram cristãos.
Outros

Outras correntes imigratórias recebidas pelo Brasil foram: Poloneses, Ucranianos e Russos, que se concentraram principalmente no Paraná; Austríacos, Belgas, Holandeses, Lituanos e Suíços no Sul; Chineses e Coreanos em São Paulo; entre outros
Os novos imigrantes

Embora já não receba a grande quantidade de imigrantes que entrara no país no início do século 20, o Brasil é ainda um destino de escolha de diversos grupos de imigrantes, principalmente da Ásia e dos vizinhos da América do Sul. A partir da década de 1970, um grande número de muçulmanos libaneses se refugiaram da guerra no Brasil. No mesmo período, deu-se início a imigração de sul-coreanos e chineses, especialmente para São Paulo onde se dedicaram à confecção de roupas. Desde meados da década de 1990, milhares de bolivianos têm entrado no Brasil, na maior parte de forma ilegal. Estima-se que mais de 200.000 bolivianos estejam vivendo ilegalmente na cidade de São Paulo, muitos deles sendo submetidos à jornadas de trabalho semi-escravas em fábricas de roupa.

A partir da década de 1980, devido aos problemas sociais, pela primeira vez na História do Brasil o país passou a mandar trabalhadores para o exterior. As maiores comunidades brasileiras estão nos Estados Unidos da América (750.000 brasileiros), no Paraguai (350.000), Japão (250

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Brasil, a esperança para imigrantes ilegais haitianos



26/12/2011 - Copyleft

Brasil, a esperança para imigrantes ilegais haitianos


Najla Passos
Najla Passos
BRASÍLIA - Brasileia é uma pequena cidade de 20 mil habitantes cravada no sul do Acre, na fronteira com a Bolívia. É bem provável que a imensa maioria dos brasileiros jamais tenha ouvido falar dela. Fora das fronteiras locais, porém, o município faz sucesso. A cidade é a porta de entrada no Brasil de uma rota de imigração ilegal de haitianos para o país.

Hoje, a cidade hospeda 810 haitianos. Uma população que, fugida de um dos lugares mais pobres do mundo, e onde o Brasil é uma referência por comandar tropas de paz das Nações Unidas, sonha com a cidadania brasileira, que lhes daria o direito de trabalhar, de estudar, de usufruir o Sistema Único de Saúde (SUS), enfim, de viver legalmente no país.

O Brasil, porém, não possui um tratado internacional que exima os haitianos de visto de permanência. Eles também não podem ser enquadrados no conceito de “refugiado”, definido pela Convenção de Genebra, que considera como tal toda pessoa obrigada a sair de seu país, sozinha ou em grupo, devido a perseguições de caráter político, racial, de gênero ou religioso.

O combustível da fuga é a miséria. E, quando cruzam a fronteira da Bolívia o Brasil, os haitianos assumem a condição de imigrantes ilegais. Uma situação que também causa problemas para autoridades públicas brasileiras.

Em Brasiléia, 600 haitianos estão hospedados em um hotel do município com despesas pagas pelo governo do Acre. Recebem duas refeições diárias, além de café da manhã. Tudo isso significa um gasto mensal de R$ 1 milhão para os cofres de um dos estados mais pobres do país.

E este não é, nem de longe, o maior problema. “O hotel em que eles estão alojados tem capacidade para 80 pessoas e estão vivendo 800. Não há como cozinhar para tanta gente, os banheiros não comportam. Daqui a pouco, a epidemia de cólera que assola o Haiti chegará até lá”, afirma o senador acreano Aníbal Diniz (PT).

Entre os hóspedes, há 17 mulheres grávidas e crianças em idade escolar. Em Brasiléia, os sistemas públicos de educação e saúde não têm como atender tanta gente. Para conseguir documentos como CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho, precisam esperar cerca de um mês. E as perspectivas são de que o número de haitianos no município aumente cada vez mais.

Informações da Agência Brasileira de Informação (ABIN) e da Polícia Federal (PF) revelam que há 50 haitianos do lado boliviano da fronteira aguardando uma oportunidade para entrar no país. E outros que 200 já deixaram Porto Príncipe, a capital devastada do Haiti, em direção ao Brasil.

A rota identificada pelas autoridades brasileiras mostra que, do Haiti, os imigrantes ilegais seguem para a República Dominicana, que divide a Ilha de São Domingos com o Haiti. De lá, os imigrantes vão para Equador, Peru e Bolívia, até chegar ao Acre. É operada por pessoas conhecidas como “coiotes”, participantes de uma quadrilha que os serviços policias e de inteligência do Brasil tentam desbaratar.

Na cidade amazonense de Tabatinga, tríplice fronteira com Peru e Colômbia, os haitianos também chegam em grandes grupos. Lá, não é o governo do estado que acolhe os imigrantes, mas a sociedade civil organizada, principalmente por meio do trabalho da Pastoral do Migrante, da Igreja Católica.

Levantamento feito pelas Nações Unidas aponta que, atualmente, 1,1 mil haitianos estão na cidade. Em 2010, a Polícia Federal recebeu 476 solicitações de refúgio. Em 2011, foram 1075. Todas elas foram negadas, mas os pleiteadores conseguiram um visto humanitário. Muitos se deslocaram para Manaus, em busca de emprego.

É justamente na capital do Amazonas que se concentra o maior número de haitianos: 3,2 mil, a maioria mantida também pelas igrejas e comerciantes locais. Também há haitianos vivendo em Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e São Paulo (SP). Em todo o país, 3.274 já requereram visto de permanência e 1,3 mil receberam.

Calamidade pública
A pobreza e a miséria que, historicamente, colocam o Haiti no último lugar do ranking de desenvolvimento da América Latina e Caribe dificultam a reconstrução do país, após o terremoto de 2010, que afetou a vida de 3 milhões de haitianos e matou, de imediato, 222 mil pessoas.

“O terremoto foi terrível, mas o país já era miserável antes dele. Outros países que passam por catástrofes naturais, como Chile, conseguem se recuperar. Mas o Haiti, não”, justifica o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Andrés Ramirez.

Segundo ele, hoje, passados quase dois anos, o Haiti continua sofrendo os efeitos da catástrofe. “Cerca de 300 mil casas foram destruídas. Mais de um milhão de pessoas continuam vivendo em acampamentos, em condições muito precárias. Por isso, o surto de cólera no país”, afirma.

Além disso, a violência vitima, principalmente, as mulheres. “A incidência de gravidez nos acampamentos aumentou de 4% para 12%, principalmente devido aos estupros que ocorrem durante à noite, em função das deficiências de iluminação”, denuncia.

Andrés Rmirez relata que a violência sexual e de gênero tem justificado, inclusive, que outros países aceitem receber os haitianos como refugiados. “Os números são modestos, mas já há 57 na Argentina, 146 no Peru e um no Chile”.

É neste contexto que os haitianos decidem deixar o país. As famílias mais abastados se organizam e enviam alguns membros pra os Estados Unidos. As de menor poder aquisitivo, agora, têm a alternativa de tentar o Brasil, que exige menos recursos e é mais seguro. Nos Estados Unidos, se descobertos, os ilegais são deportados para seus países de origem.

“A maior parte dos imigrantes ilegais haitianos é muito bem qualificada, justamente para conseguir emprego e ajudar a sustentar os que ficaram no Haiti”, diz o presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Luiz Paulo Teles Barreto, também secretário-executivo do Ministério de Justiça.

O Brasil é ume referência também por liderar, desde 2004, as forças de paz das Nações Unidas que atuam no Haiti. O ministério da Defesa diz que as tropas brasileiras vão deixar aquele país a partir

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acervo digital do Museu da imigração do Estado de São Paulo







- Secretaria da Cultura -






acervo digital Digite no campo de busca a
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Sobre o Acervo Digital do
Museu da Imigração do
Estado de São Paulo





O projeto Memória da Imigração integra, por meio de um banco de dados online, o acervo digital do Museu da Imigração e documentos pertencentes ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. No total são mais de 250 mil imagens disponíveis para consulta e download gratuito, em uma ferramenta que revoluciona o acesso a fragmentos da história paulista e brasileira.

O trabalho teve início em janeiro de 2011, coordenado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, e envolveu etapas de organização documental, intervenções de conservação e preservação, digitalização e tratamento das imagens digitais. Como resultado, o banco de dados desenvolvido oferece acesso amplo, público, democrático e organizado a um acervo de inestimável valor material e imaterial relacionado à memória da imigração no Brasil, garantindo ainda a preservação dos documentos originais.

A ferramenta permite buscas baseadas em diferentes parâmetros, disponibilizando resultados organizados entre os critérios:

Cartas de chamada: Cerca de 32 mil documentos que declaravam garantia de auxílio ao imigrante que pretendesse se juntar à família já instalada no Brasil. Os formulários e cartas facilitavam a entrada do imigrante que viesse trabalhar no país, pois comprovavam a existência de um responsável pelos gastos com passagens e alimentação.

Registro de matrícula: Documentação que comprova a passagem do imigrante pela Hospedaria. Por meio do sobrenome é possível encontrar informações referentes à data de chegada, idade, familiares, entre outras. A página do livro em que consta o registro pode ser visualizada em formato digital.

Cartográfico: Conjunto de mapas e plantas de núcleos coloniais, loteamentos, fazendas, edificações e da Hospedaria de Imigrantes, contabilizando mais de 2.800 arquivos.

Iconográficos: Pesquisa que disponibiliza cerca de oito mil documentos que compõe o acervo de imagens. Entre os materiais, estão retratos de imigrantes, cartões postais, fotografias de viagens e da antiga Hospedaria.

Requerimentos da Secretária da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (SACOP): Documentos formulados pelos imigrantes buscando obter a restituição de despesas de transporte até a chegada ao Brasil. Alguns desses requerimentos solicitavam antecipadamente passagens ou serviam para prestar contas de adiantamentos.

Jornais: Disponibiliza mais de duas mil edições de jornais de colônias de imigrantes no Brasil, publicadas entre os anos de 1886 e 1987. A maior parte dos títulos está na língua materna do grupo de imigrantes ao qual a publicação era dirigida. As edições pertencem ao acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo, Instituto Italiano di Cultura de São Paulo e Instituto Histórico Geográfico de São Paulo.

Lista Geral de Passageiros para o Porto de Santos: Relação nominativa dos imigrantes embarcados no período de 1888 a 1965, principalmente em portos europeus, com desembarque previsto no Porto de Santos. Nesta lista constam informações sobre parentesco, nacionalidade, sexo, estado civil, profissão, idade, religião, grau de instrução, dados do passaporte, procedência e destino. Esta documentação era preenchida pelas companhias de navegação e entregue a um funcionário da Inspetoria de Imigração no Porto de Santos. Existem também listas de passageiros brasileiros e estrangeiros, que se movimentaram entre portos da América do Sul ou entre portos brasileiros neste período. Podem ser encontrados ainda, documentos anexos variados, de alguma forma vinculados aos dados constantes nas listas.
















Museu da Imigração
do Estado de São Paulo

O novo Museu da Imigração do Estado de São Paulo herda do Memorial do Imigrante toda a história de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado.

É no entrelaçamento dessas memórias que se encontra a oportunidade única de compreender e refletir o processo migratório.

Em seu novo projeto museológico, o Museu da Imigração pretende valorizar ainda mais o encontro das múltiplas histórias e origens e propor ao público o contato com as lembranças daquelas pessoas que vieram de terras distantes, suas condições de viagem, adaptação aos novos trabalhos e contribuição para a formação do que hoje chamamos de identidade paulista.

Clique aqui para visitar o site.















terça-feira, 22 de outubro de 2013

Imigrantes bolivianos vivem como escravos em São Paulo

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Imigrantes bolivianos vivem como escravos em São Paulo

‘Morrer antes que viver como escravos’. Este é o lema da Bolívia, cantado no refrão do Hino Nacional do País. No entanto, é como ‘quase’ escravos que cerca de 50 mil bolivianos trabalham em fábricas de roupas em São Paulo.
Imigrantes bolivianos fazem jornada de trabalho de até 16 horas, em confecções escuras e com pouca ventilaçãoOs imigrantes fazem turnos de até 16 horas em confecções de roupas nos bairros do Brás, Pari e Bom Retiro. O ambiente de trabalho é fechado, sem janelas e com pouca luz. Os bolivianos moram nas fábricas e precisam pagar tudo para o patrão, desde a máquina de costura que trabalham até a água, luz e comida. Por isso, acabam endividados e ‘presos’ nas confecções. Para garantir que os imigrantes não fujam, além de trancarem as portas das fábricas, os patrões ameaçam chamar a Polícia Federal para deportar aqueles em situação ilegal.
A Bolívia ocupa a 113ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, a pior da América do Sul, e vive uma crise política e econômica que força seus habitantes a imigrarem. Assim como os brasileiros que vão ilegalmente aos Estados Unidos, na ilusão de melhorar de vida, os bolivianos são recrutados por ‘coiotes’, que oferecem trabalho, moradia e um salário de 300 a 400 dólares por mês. As portas de entrada para o Brasil são as cidades de Corumbá (Mato Grosso do Sul), Cáceres (Mato Grosso), Guajará-Mirim (Amazonas, por via fluvial), Manaus (Amazonas, por via fluvial) e mais recentemente Foz do Iguaçú (Paraná), por onde entram ilegalmente pela Ponte da Amizade.
“Eles vêm porque a situação, apesar de precária no Brasil, chega a ser, muitas vezes, melhor que na Bolívia. Alguns poucos mandam cerca de cem reais por mês para a Bolívia, mas muitos ficam sem comunicação com os parentes de lá, o que facilita a vinda de mais bolivianos para São Paulo”, disse Paulo Illes, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante, entidade ligada à Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) da Igreja Católica.
De acordo com Illes, o sonho de todo boliviano é poder abrir a própria confeccção, algo que poucos conseguem. O Centro de Apoio ao Migrante, além de ajudar os estrangeiros com assistência jurídica, cursos profissionalizantes e apoio às famílias, também promove uma campanha para a regularização dos ilegais.
Existem três maneiras para o cidadão estrangeiro tornar legal a sua permanência no Brasil. Casando com um(a) brasileiro(a), tendo filho brasileiro ou se tiver pais brasileiros. Recentemente, houve um acordo assinado pelo Brasil e pela Bolívia, o tratado prevê a legalização de todos os bolivianos que chegaram no País antes de 15 de agosto deste ano. Até agora nenhum boliviano se legalizou ajudado por esse acordo por causa do alto custo, de aproximadamente R$ 1.200 por pessoa. “O acordo foi de interesse puramente econômico e não humano. Estamos fazendo um abaixo-assinado para o Governo diminuir esse valor, ou cobrá-lo por família. Pedimos a regularização para eles poderem mudar de vida”, afirmou Illes.
A imigração boliviana começou nos anos 60. Os árabes, donos das confecções, empregavam os coreanos que começaram a abrir suas próprias confecções e a contratar bolivianos. No começo, os bolivianos eram só empregados. Hoje alguns já são donos de fábricas. “Muitos bolivianos conseguem superar, se inserir na sociedade brasileira e trazer valores culturais para o Brasil”, contou Illes.
Mas não são só bolivianos que entram ilegalmente no Brasil para trabalhar nas confecções. Muitos paraguaios e peruanos também estão vindo. “Os paraguaios, geralmente, vão morar em favelas e os peruanos alugam quitinetes para seis ou sete pessoas”, explicou o coordenador do Centro de Apoio ao Migrante.
Para Illes, os bolivianos são desprezados pelos brasileiros. Antigamente, a colônia se reunia todos os domingos na praça Padre Bento, no Pari, para fazer festa, vender comidas típicas e se divertir. Porém, os moradores do lugar os expulsaram, acusando-os de bagunça e de sujar o espaço. Hoje, a praça Cantuta, também no Pari, é o lugar escolhido por eles para promover sua festa, todos os domingos. “É uma praça menor, mas a festa é bonita. Tornouse símbolo do desprezo brasileiro pela cultura diferente”, disse Illes.
Thiago Varella

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Imigração no Brasil século XXI




Quase 1,5 milhão de estrangeiros vivem regularmente no Brasil. (Foto: Bernardo Medeiros)

O tema da redação do Enem deste ano, “O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21”, mostra uma realidade que os brasileiros começam a perceber no seu dia-a-dia, principalmente nas grandes cidades: está aumentando o número de imigrantes que chegam por aqui.

Haitianos e bolivianos, vindos da América Latina, espanhóis e franceses da Europa e norte-americanos, dos Estados Unidos, são alguns dos exemplos de cidadãos que nos últimos anos vêm tentando se manter no Brasil.

Brasil já tem 1,5 milhão de imigrantes regularizados
Haitianos ganham autorização para ficar no Brasil

De acordo com o Ministério da Justiça, em 2010 eram 961 mil estrangeiros vivendo regularmente no país, número que aumentou para 1,466 milhão no ano passado. Para completar, o número de brasileiros vivendo em outros países também diminuiu sensivelmente, de 4 milhões, em 2004, para 2 milhões, atualmente.

Segundo dados do Conselho Nacional de Imigração, ligado à pasta, em 2011 o Brasil concedeu 70.524 vistos de trabalho para estrangeiros. O número representa um aumento de 22% em relação a 2010. A maioria desses profissionais é do setor de petróleo e gás e da área de engenharia, segundo o presidente do conselho, Paulo Sérgio de Almeida.

Trabalhador estrangeiro que tem contrato de dois anos já pode pedir visto permanente
Burocracia afugenta mão de obra estrangeira especializada

A crise internacional, que atingiu principalmente os países da zona do euro, aumentou a procura de europeus pela América Latina e pelo Caribe. A conclusão está em um estudo da Organização Internacional de Migrações (OIM). O documento revela que 107 mil europeus deixaram o continente, no período de 2008 a 2009.

Segundo o relatório, a migração envolve inclusive as pessoas com dupla nacionalidade. A maioria dos europeus procura o Brasil, a Argentina, a Venezuela e o México. Os principais países de origem são a Espanha (47.701), Alemanha (20.926), Holanda (17.168) e Itália (15.701).

Crise provoca êxodo de europeus para América Latina; Brasil é um dos países mais procurados

O programa “Brasilianas.Org”, da TV Brasil, debateu como a criação de um ambiente de tolerância e democracia ajudou na construção de civilizações, como os Estados Unidos, e como a experiência brasileira se relaciona com isso. Assista ao programa!
Para organizar o fluxo migratório, o governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta de modernização do Estatuto do Estrangeiro, editado em 1980, que será ampliado para se tornar uma nova Lei de Migração.

O presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida, disse que o objetivo do governo brasileiro é integrar da melhor forma possível os imigrantes, por meio da inclusão regular no mercado de trabalho e na garantia de acesso aos serviços básicos de saúde, educação e assistência social.

“Nós temos uma legislação ainda dos anos 80, que foi construída na época pré-democracia, focada na antiga doutrina de segurança nacional. Agora estamos construindo uma nova legislação, com foco nos interesses do Brasil moderno. Para que o imigrante, ao vir para cá, possa se desenvolver e contribuir para o nosso país. Os direitos humanos são o eixo central desta nova visão da política migratória brasileira”, explicou Paulo Sérgio.

SAIBA MAIS:

Empresas do Sul e Sudeste contratam maior parte de haitianos legalizados pela PF
Africanos são assassinados no Brasil por motivos racistas, segundo organizações de direitos humanos
Autoridades brasileiras e espanholas negociam possibilidade de mudar medidas de imigração
Ministérios explicam ações para atender haitianos ilegais no Acre

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Aqui vivemos e lá nós sobrevivemos"

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Para jornal francês, Brasil é nova terra de imigração para portugueses



RFI


Com o título "Aqui vivemos e lá nós sobrevivemos" o jornal francês Le Monde publica em sua edição desta terça-feira uma matéria sobre a imigração portuguesa no Brasil. O artigo de página inteira é o primeiro de uma série de seis textos sobre as vítimas da crise do Euro que deixam a Europa.




Segundo o vespertino Le Monde, para escapar da estagnação econômica e das altas taxas de desemprego que assolam a União Europeia em plena crise financeira, em 2011, 50 mil portugueses foram se instalar no Brasil. Já o número de espanhóis dobrou nos últimos dois anos.

Aos 47 anos, o arquiteto português Pedro Louro decidiu se mudar para o Brasil, país em que nunca havia posto os pés. No ano passado, aconselhado por um amigo luso-brasileiro instalado em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, ele desembarca na cidade para começar uma nova vida. "O que você queria? O sistema em Portugal não funciona mais", diz ao correspondente do Le Monde no Brasil.

Para Louro, os efeitos da crise em seu escritório de arquitetura na cidade portuária de Cascais, a 30km da capital portuguesa, começaram a ser sentidos a partir de 2006. Seus oito funcionários foram reduzidos a dois, até que ele se viu só, administrando a empresa. Em seguida, foi preciso aceitar dividir o espaço com outros profissionais para poder pagar as contas. "O setor da construção em Portugal está estagnado", revela.

No entanto, o recém-chegado ainda não encontrou um novo emprego. Paciente, ele fez alguns trabalhos para escritórios de arquitetura e para uma galeria de arte. Na espera de algo fixo, ele se inscreveu em um curso em uma faculdade de gestão da cidade. "Quando eu cheguei, pensei que as coisas fossem funcionar mais rápido. As pessoas me acolheram com gentileza, todos disseram que me ajudariam, mas no final, nada", desabafa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

História da Imigração do Brasil






Brasil Colonial
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História Da Imigração No Brasil - Resumo
Resumo Sobre A História Da Imigração No Brasil, Chegada Dos Imigrantes Europeus





Imigrantes europeus na Hospedaria dos Imigrantes no bairro da Mooca em São Paulo (início do século XX)



Resumo da História da Imigração no Brasil



- A imigração no Brasil teve início em 1530 com a chegada dos colonos portugueses, que vieram para cá com o objetivo de dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Durante todo período colonial e monárquico, a imigração portuguesa foi a mais expressiva.



- Nas primeiras décadas do século XIX, imigrantes de outros países, principalmente europeus, vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades de trabalho. Compravam terras e começam a plantar para sobreviver e também vender em pequenas quantidades. Aqueles que tinham profissões (artesãos, sapateiros, alfaiates, etc.) na terra natal abriam pequenos negócios por aqui.



- No começo da década de 1820, muitos imigrantes suíços se estabeleceram na cidade de Nova Friburgo (estado do Rio de Janeiro). Neste mesmo período os alemães começaram a chegar à Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes imigrantes passaram a trabalhar em atividades ligadas à agricultura e pecuária.



- Já os italianos, que vieram em grande quantidade para o Brasil, foram para a cidade de São Paulo trabalhar no comércio ou na indústria. Outro caminho tomado por eles foi o interior do estado de São Paulo, para trabalharem na lavoura de café que estava começando a ganhar fôlego em meados do século XIX.



- Já os japoneses começaram a chegar ao Brasil em 1908. Grande parte destes imigrantes foi trabalhar na lavoura de café do interior paulista, assim como os italianos.



Por que estes imigrantes vieram para o Brasil?



- No século XIX, o Brasil era visto na Europa e na Ásia (principalmente Japão) como um país de muitas oportunidades. Pessoas que passavam por dificuldades econômicas enxergaram uma ótima chance de prosperarem no Brasil.



- Vale lembrar também que, após a abolição da escravatura no Brasil (1888), muitos fazendeiros não quiseram empregar e pagar salários aos ex-escravos, preferindo assim o imigrante europeu como mão-de-obra. Neste contexto, o governo brasileiro incentivou e chegou a criar campanhas para trazer imigrantes europeus para o Brasil.



- Muitos imigrantes também vieram para cá, fugindo do perigo provocado pelas duas grandes guerras mundiais que atingiram o continente europeu.



Curiosidades:



- Em 2008, completou 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Ocorreram diversas comemorações no Brasil.



- Principais países de origem dos imigrantes que vieram para o Brasil: Portugal, Itália, Alemanha, Japão, Espanha, Suíça, China, Coréia do Sul, Polônia, Ucrânia, França, Líbano, Israel, Bolívia e Paraguai.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013






14 de Setembro de 2013•00h32 • atualizado às 00h33
Secretaria Nacional de Justiça debate nova Lei de Imigração brasileira

Bruno Bocchini




O Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República fizeram nesta sexta-feira (13) a segunda audiência pública sobre a reformulação do Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80, com as alterações da Lei 6.984/81). Para debater a questão e ouvir a sociedade, foi instituído um grupo de especialistas, instituído pela Secretaria Nacional de Justiça, com o objetivo de apresentar uma proposta de anteprojeto de lei.



'O que há de consenso no nosso grupo é que o atual quadro legislativo se calca em paradigmas que nós repudiamos severamente. É um paradigma defensivo, de proteção, xenófobo, de segurança nacional, criminalizante. Nós gostaríamos de substituí-lo por uma legislação cujo alicerce sejam princípios, direitos fundamentais, cooperação, e integração', disse o professor de direito constitucional Tarcíso Dal Maso Jardim.



Imigrante boliviana, a advogada Ruth Camacho, representante do Centro Pastoral do Imigrante, acredita que a nova legislação deva ser construída com base nos direitos humanos. 'A nossa preocupação, há muitos anos, é que a nova Lei de Imigração seja baseada efetivamente, com foco nos direitos humanos', disse. 'Ela deverá corresponder aos desafios e necessidade da realidade e dinâmica atual das imigrações e que possibilite a regularização migratória em diferente situações, particularmente sempre que esteja em jogo a proteção de direitos humanos do indivíduo, do trabalhador migrante, da família, dos grupos vulneráveis e outras circunstâncias'.



Camila Baraldi, coordenadora de Políticas para Imigrantes Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, cita exemplos de problemas básicos que os imigrantes ainda enfrentam no Brasil. 'Os problemas vão desde a expulsão, desse conceito de nocividade subjetivo, a questão da documentação. É totalmente decentralizada a emissão de diversos documentos, como a carteira de trabalho. É tudo sob a lógica de controle. O brasileiro pode fazer a carteira de trabalho em diversos locais e o estrangeiro não pode. Tem de fazer em uma superintendência regional específica e assinada por delegado', exemplificou.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013



27/04/2012 10h03 - Atualizado em 27/04/2012 14h00

Número de imigrantes cresceu 86,7% em dez anos no Brasil, diz IBGE
Total passou de 143.644 para 286.468, entre 2000 e 2010.
Número leva em conta apenas imigrantes que vivem no país há 5 anos.

Do G1, em São Paulo

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O Censo Demográfico 2010 registou 286.468 imigrantes que, vindos de outros países, viviam no Brasil há pelo menos cinco anos e em residência fixa. O número foi 86,7% maior do que o encontrado pelo Censo Demográfico 2000, quando foram registrados 143.644 imigrantes na mesma situação. Os dados do Censo Demográfico 2010 foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

São Paulo, Paraná e Minas Gerais, juntos, receberam mais da metade dos imigrantes internacionais, seguidas de Rio de Janeiro e Goiás. Os principais países de origem dos imigrantes, segundo o Censo de 2010, são Estados Unidos (51.933), Japão (41.417), Paraguai (24.666), Portugal (21.376) e Bolívia (15.753).

O recorte da pesquisa também mostra dados sobre deficiências, migração, nupcialidade, fecundidade e mortalidade infantil, educação, trabalho, rendimento, tipos de domicílios e deslocamento. (leia mais abaixo)

Migração de retorno
O levantamento aponta que os migrantes de retorno, que voltam aos seus estados de origem, somaram mais de 1,1 milhão de pessoas entre 1995 e 2000. No período de 2005 a 2010 foi registrado um total de 1,2 milhão de migrantes. Os estados do Norte tiveram aumento na proporção de retorno, com exceção do Acre, que manteve praticamente no mesmo patamar na taxa de 21% entre 1995 e 2000 e 20% entre 2005 e 2010.
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Rondônia passou de 7,4% de 1995 a 2000 para 13,1% entre 2005 e 2010. Roraima registrou 2,1%, entre 1995 e 2000, para 8% entre 2005 e 2010.

Os estados do Nordeste, tanto em 2000 quanto em 2010, apresentaram as maiores proporções de retornados, passando de 40% do total de imigrantes na maioria de seus estados, com exceção do Rio Grande do Norte e Sergipe.

No Sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo tiveram redução na proporção de retornados, que permaneceram acima dos 30% em 2000 e em 2010.

Em São Paulo houve aumento de retornados, nos períodos de 1995 a 2000 e de 2005 a 2010, com registro de 9,6% e 18,9% do total de imigrantes, respectivamente. O Rio de Janeiro apresentou uma proporção de retornados de 15,6% e de 20,3%, respectivamente.

No Sul, Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram altas proporções de migração de retorno, passando dos 30% nos dois períodos.

No Centro-Oeste foi registrado pelo IBGE o aumento dos retornados em todos os estados, principalmente no Mato Grosso e no Distrito Federal.

Nupcialidade
A proporção de pessoas divorciadas quase dobrou entre 2000 e 2010, passando de 1,7% para 3,1%. Na comparação nacional, Rio de Janeiro (4,1%), Mato Grosso (4,1%) e Distrito Federal (4,2%) apresentam os maiores valores deste indicador. Maranhão tem o menor, com 1,2% de divorciados em 2010.

Os dados separados por estado mostram que, em Rondônia, o número de pessoas que, após um período de união conjugal, já não viviam mais nessa situação aumentou 33%. Em Mato Grosso, o crescimento foi de 31%. O Rio de Janeiro teve índice de 17,5% de pessoas que passaram por dissolução do casamento. Por outro lado, o levantamento identificou redução na proporção de pessoas que nunca se casaram, passando de 38,6% para 35,4%.

Segundo o IBGE, na última década, dados da pesquisa do Registro Civil apontaram um aumento do número de divórcios no país, principalmente a partir de 2007, quando essas medidas puderam ser feitas por vias administrativas nos Tabelionatos de Notas. A partir de 2010 foi possível requerer a dissolução do casamento a qualquer tempo, seja o divórcio de natureza consensual ou litigiosa.

No país, 36,4% das pessoas declararam viver em união consensual em 2010. O número é maior do que o registrado em 2000, quando 28,6% da população estava nesta situação.

Fecundidade e mortalidade infantil
A taxa de fecundidade total no país, de acordo com o Censo Demográfico 2010, era de 2,38 filhos por mulher, em 2000, e passou a a 1,90 filho por mulher. A queda na década é de 20,1%.

Mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil obtida por método indireto com as informações do Censo Demográfico 2010 foi de 15,6‰, o que representa 15,6 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.

Segundo o IBGE, a fonte de dados natural para o cálculo deste indicador deveria ser o registro de nascimentos e óbitos, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil ou pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc). No entanto, o instituto considerou que os dados fornecidos pelas duas fontes ainda possuem limitações de cobertura nos estados, especialmente no Norte e Nordeste.

Educação
Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostraram que 3,1% das pessoas entre 7 e 14 anos de idade não frequentavam escola no país. Entre as crianças a partir de 6 anos (idade definida para iniciar o ensino fundamental com duração de nove anos) o percentual de pessoas que não frequentavam escola até os 14 anos foi de 3,3%.

Cerca de 966 mil crianças e adolescentes (6 a 14 anos de idade) não frequentavam escola em 2010.

Trabalho
Entre a população economicamente ativa no país, com 15 anos ou mais de idade (faixa etária utilizada para muitos enfoques internacionais), a taxa de atividade alcançou 3,7% em 2010. Os valores subiram nas regiões Sul (69%) e Centro-Oeste (68,5%). Os mais baixos ficaram nas regiões Nordeste (58,1%) e Norte (61,2%). A região Sudeste ficou com (65%).

Em 2010, a taxa de atividade desta faixa etária alcançou 71% no Distrito Federal e 71,6% em Santa Catarina. O outro extremo foi registrado no Maranhão (55,4%) e em Alagoas (55,5%).

Rendimento
Apenas 0,9% da população brasileira ganhava mais de 20 salários mínimos de rendimento mensal em 2010. A parcela sem rendimento foi de 6,6% e a das com remuneração de até um salário mínimo foi de 32,7%. As pessoas que ganhavam mais de dez salários mínimos mensais chegou a 3,1% da população ocupada.

O rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no país teve crescimento real de 5,5%, de 2000 para 2010. O incremento no rendimento das mulheres foi de 13,5% maior do que no dos homens, que chegou a 4,1% na década.

Deslocamento
Do total de 59,6 milhões de pessoas que frequentavam escola ou creche, 55,2 milhões (92,7%) estudavam no próprio município de residência. No Sudeste esse deslocamento foi de dois milhões (8,5%) de estudantes, sendo que a maioria estava em São Paulo (1,1 milhão de pessoas), o que representa 57% da região.

Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro também foi elevado o número de pessoas em deslocamento para outro município para estudar, com 432 mil e 334 mil, respectivamente.

No Nordeste, o deslocamento para outro município chegou a 1,1 milhão de estudantes. A situação foi pior na Bahia e em Pernambuco, com 236 mil e 224 mil pessoas, respectivamente.

No Sul, 709 mil estudantes precisavam de deslocamento. No Rio Grande do Sul, 284 mil estudavam fora de seu município de residência.

No Centro-Oeste, Goiás se destacava pelo deslocamento de 165 mil pessoas que estudavam em outro município. No Norte, o deslocamento para estudo foi maior no Pará, com 110 mil estudantes saindo para outra cidade.

Domicílios
Em 2010, 97,8% dos domicílios no Brasil tinham as paredes externas construídas com algum tipo de material durável, como alvenaria com revestimento (80%).

No Sudeste, a maior incidência é de residências com paredes externas de alvenaria com revestimento (88,6%). No Centro-Oeste (81,4%) e Nordeste (81,2%). No Norte, a incidência deste tipo de material foi de 47,9% e, no Sul, de 67,6%.O Censo Demográfico 2010 pesquisou as deficiências visual, auditiva, mental e motora e seus graus de severidade, o que permitiu conhecer a parcela da população que é incluída nas políticas públicas específicas. A metodologia considerou os graus de severidade de deficiências das pessoas que responderam “sim, grande dificuldade” ou “sim, não consegue de modo algum”. (Fonte Globo.com)
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