quinta-feira, 30 de junho de 2011

Obama defende reforma integral no sistema de imigração americano

Obama defende reforma integral no sistema de imigração americano

Presidente propôs legalizar estudantes, mas também pediu maior vigilância nas fronteiras e sanções para empresas que contratam ilegais
Redação ÉPOCA, com Agência EFE
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama defendeu nesta quarta-feira (29) uma reforma migratória integral, que seja construída de forma equilibrada e que inclua milhares de estudantes imigrantes ilegais.

O presidente, no entanto, disse que o polêmico software E-Verify, que permite que as empresas verifiquem o status migratório dos empregados, deve fazer parte do novo sistema. "A meta agora é ver se podemos aperfeiçoar o sistema do E-verify", disse.

O programa é obrigatório para as empresas que têm contratos com o governo federal, e voluntário para os demais, mas líderes do Partido Republicanos defendem que o E-Verify seja um requisito para todo o setor privado. Ativistas pró-imigrantes questionam a proposta, e dizem que o programa contém erros que já comprometeram o trabalho de muitos empregados, inclusive cidadãos americanos.

Para Obama, a reforma migratória deve incluir maior vigilância na fronteira, sanções para empresas que contratam imigrantes ilegais e uma via para a legalização "de quem atualmente está vivendo na sombra".

O presidente também defendeu o Dream Act, proposta que tramita no Senado voltada para estudantes estrangeiros ilegais. A lei daria residência permanente a menores que chegaram ilegalmente aos EUA e que se formaram em escolas americanas com bom histórico escolar. Obama pediu a legalização de estudantes que "se sentem americanos, que estão prontos para investir no país, que estudam em universidades e lutam em nosso Exército, ou mesmo que abram negócios
Revista Època

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Itália e França realizam patrulhas contra imigração clandestina

DA ANSA A Itália e a França assinaram nesta sexta-feira um acordo para realizar um patrulhamento comum na costa dos dois países, a fim de interceptar barcos com imigrantes clandestinos. O acordo foi firmado em um encontro entre o ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, e o da França, Claude Gueant. De acordo com Maroni, para solicitar que a União Europeia (UE) adote medidas para conter a imigração, Itália e França concordaram com um "patrulhamento comum nas costas tunisianas para bloquear as partidas (de navios)". O ministro também contou estar "satisfeito com o encontro" com Gueant, porque, "de uma crise, pode nascer uma iniciativa forte, comum e conjunta, como a que definimos hoje, para dar respostas concretas aos problemas que a Itália e a França enfrentam atualmente no tema da imigração". O patrulhamento comum será realizado pela Frontex, a agência europeia para o controle das fronteiras. Ontem o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assinou um decreto que autoriza a concessão de vistos temporários a imigrantes do norte da África que fugiram de seus países por conta dos recentes conflitos políticos. O anúncio foi feito pelo ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, e não agradou ao governo francês, que teme uma onda de imigração, já que, com os vistos, os imigrantes poderiam circular pela UE. A Itália, principalmente a ilha de Lampedusa, que fica ao sul do país, tem sido um dos principais destinos de cidadãos do norte da África que fogem dos recentes conflitos, como no Egito, Líbia e Tunísia. www.correiosoestado.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Governo francês leva ao Senado polêmico projeto de imigração


O governo francês levou nesta quarta-feira ao Senado seu polêmico projeto de lei sobre imigração, que torna mais rígida a luta contra os imigrantes ilegais e agiliza sua deportação, incluindo cidadãos da União Europeia (UE) sem recursos.

No debate parlamentar, o ministro do Interior, Brice Hortefeux, ressaltou que a lei de política migratória é "respeitosa quanto aos direitos humanos, mas firme contra quem não acata as leis da nossa República".

A lei reúne os principais pontos do discurso sobre imigração pronunciado em julho do ano passado pelo presidente, Nicolas Sarkozy, que lançou a campanha de intensificação das expulsões de ciganos do país.

A mudança facilita a deportação de cidadãos comunitários sem recursos próprios, endurece as medidas contra as pessoas anteriormente deportadas do país que retornarem à França e, entre outros pontos polêmicos, discute a privação da nacionalidade aos naturalizados há menos de 10 anos que atentem contra as forças da ordem.

"Há uma contradição essencial entre a escolha de ser francês e a de atentar contra um agente que representa a França", disse hoje Hortefeux, que sustentou que "não há nada escandaloso" nessa proposta, que só afetará quem tem dupla nacionalidade.

O ministro lembrou que se pretende alcançar um texto "equilibrado e útil e fazer alguns ajustes pragmáticos que aumentem sua eficácia".

Em defesa do projeto de lei, Hortefeux ressaltou que desde 2007, o ano da criação do Ministério de Imigração, não foi permitida a entrada na França de 102 mil pessoas enquanto outras 110 mil foram "acompanhadas" aos seus países de origem por não terem respeitado as regras de entrada ou de estadia.

Para o ministro, o projeto de lei tem o objetivo de aprofundar a política migratória aplicada há quatro anos e combater a imigração ilegal, definida como uma nova forma "de escravidão moderna".

O debate no Senado se estenderá até o dia 10 de fevereiro, data prevista para a votação de um texto que introduz 60 emendas sobre a versão inicial.

Após o voto do Senado o projeto de lei voltará de novo à Assembleia Nacional para sua aprovação final, e em caso que esta introduza alguma modificação será entregue novamente ao Senado para uma segunda leitura.

Para realizar as remodelações por parte dessa câmara, será designada uma comissão mista formada por sete senadores e sete deputados, que serão os encarregados de elaborar o texto definitivo sobre a base dos pontos comuns estipulados até o momento, segundo explicaram à Agência Efe fontes do Senado.
Terra Brasil