quarta-feira, 18 de julho de 2018

Mais da metade dos venezuelanos que entraram no Brasil já saiu do país Agência Brasil


Marcelo Camargo / Agência Brasil /
Os venezuelanos buscam abrigo no Brasil fugindo da crise econômica intensa instalada no país vizinho


Dos 127,7 mil imigrantes venezuelanos que entraram no Brasil pelo município de Pacaraima, na região de fronteira de Roraima, no ano passado e neste ano, mais da metade já deixou o país. Dos 68,9 mil que saíram, a maior parte (47,8 mil) fez o caminho por fronteira terrestre e 21,1 mil pegaram voos internacionais.

Os dados foram apresentados na 5ª reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial, realizada nesta segunda-feira (16) no Palácio do Planalto, e divulgados pela Casa Civil.


Dentre os venezuelanos que deixam o país por via terrestre, 66% voltam ao país natal pora Pacaraima; 15% pela Ponte Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu, no Paraná; 6% por Guajará-Mirim, em Rondônia; 6% por Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; e 7% por outras localidades.

De acordo com os dados divulgados pela Casa Civil, as principais rotas de saída por via aérea são os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo (58%); Manaus (15%), Brasília (13%) e do Galeão, no Rio de Janeiro (11%).

Os venezuelanos buscam abrigo no Brasil fugindo da crise econômica intensa instalada no país vizinho. Eles chegam ao Brasil pela fronteira com Roraima.

Pedidos de refúgio e residência

De 2015 a junho deste ano, 56,7 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal para solicitar refúgio ou residência no Brasil.

Nesse período, 35,5 mil pediram refúgio e 11,1 mil solicitaram residência. Além desses, 10,1 mil agendaram atendimento, sendo que 5,9 mil não retornaram.

Interiorização

Ao todo, cerca de 4 mil venezuelanos estão em nove abrigos de Roraima. Até agora, 690 foram levados para as cidades de São Paulo, Manaus, Cuiabá, Rio de Janeiro, Igarassu e Conde, ambas na Paraíba. Está prevista para a próxima semana novas viagen para Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em abril, o governo deu início a um processo de distribuição de imigrantes venezuelanos concentrados em Roraima para outras unidades da federação, no chamado processo de interiorização.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Nos EUA, um depósito de crianças sem papéis Separadas dos pais e trancadas em gaiolas, elas não podem nem brincar ou receber carinho 18.9k Nomaan Merchant / ASSOCIATED PRESS, O Estado de S.Paulo 19 Junho 2018 | 05h00 Dentro de um armazém antigo no sul do Texas, centenas de crianças esperam, dentro de gaiolas de metal. Uma das celas era ocupada por 20 crianças. Garrafas de água, sacos de batata frita e grandes folhas de papel, que servem de cobertores, se espalham pelo lugar. Uma adolescente contou a uma defensora pública que estava ajudando a cuidar de uma criança pequena que não conhecia, porque a tia da menina estava em outro lugar do armazém. Ela conta que teve de usar seu celular para ensinar às outras crianças com quem dividia a cela como trocar fralda. EUA imigração Armazém no Vale do Rio Grande abriga filhos de imigrantes ilegais pegos cruzando a fronteira entre o México e os EUA Foto: Reuters A Patrulha de Fronteira permitiu que repórteres visitassem a instalação em resposta às críticas contra a política de tolerância zero do governo Trump, que tem resultado na separação de famílias. Os repórteres não foram autorizados a entrevistar as pessoas ou a tirar fotos. + Estados Unidos enviam imigrantes a prisões federais Mais de 1,1 mil pessoas estavam dentro da instalação ampla e escura, dividida em alas para crianças desacompanhadas, adultos sozinhos e mães e pais com filhos. As gaiolas de cada ala têm acessos a áreas comuns e banheiros químicos. A iluminação fica constantemente acesa. Segundo a Patrulha de Fronteira, cerca de 500 menores no local estão acompanhados pelos pais, mas outros 200 estão sozinhos. Muitos dos adultos que cruzam a fronteira sem permissão podem ser acusados de entrada ilegal e levados presos, sendo separados de seus filhos. Cerca de 2,3 mil crianças foram tiradas de seus pais desde que o secretário de Justiça, Jeff Sessions, anunciou a nova política, determinando que os funcionários do Departamento de Segurança Interna encaminhassem todos os casos de entrada ilegal nos EUA para serem processados criminalmente. Igrejas e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram duramente a política, chamando-a de desumana. + População imigrante nos EUA superou os 43 milhões, segundo estudo Histórias se espalharam de menores sendo arrancados dos braços dos pais, e estes incapazes de saber para onde seus filhos foram levados. Um grupo de congressistas visitou a mesma instituição no domingo e foi designado para visitar um abrigo onde estão cerca de 1,5 mil crianças, muitas separadas dos pais. No Vale do Rio Grande, no Texas, que é o corredor mais movimentado para aqueles que tentam entrar nos EUA, funcionários da patrulha argumentam que precisam reprimir os imigrantes e separar os adultos das crianças para desencorajar outras pessoas. “Quando você isenta um grupo de pessoas da lei, isso cria um atrativo”, justificou o chefe da patrulha, Manuel Padilla. Os funcionários que administram o local disseram que todos os detidos recebem alimentação adequada, acesso a chuveiros, roupa lavada e assistência médica. A ideia é que as pessoas passem pouco tempo na instalação. Nos termos da legislação dos EUA, crianças devem ser entregues em até três dias aos abrigos financiados pelo Departamento de Saúde. Padilla diz que os funcionários no Vale do Rio Grande permitem que famílias com crianças menores de 5 anos fiquem juntas, na maior parte dos casos. Uma defensora pública, porém, que passou várias horas no local diz ter ficado profundamente perturbada com o que encontrou. Michelle Brane, diretora da Comissão de Mulheres Refugiadas, se encontrou com uma garota de 16 anos que estava cuidando de uma menina mais nova há três dias. A adolescente e as outras pessoas em sua gaiola supunham que a menor tinha 2 anos. Ela contou que, depois que um advogado começou a fazer perguntas, os agentes encontraram a tia da menina e reuniram as duas. Assim, descobriram que a criança tinha 4 anos. Parte do problema era que a menina não falava espanhol, mas k’iche, uma língua indígena da Guatemala. “Ela estava tão traumatizada que não estava falando”, disse Michelle. “Estava apenas encolhida, como se fosse uma bola pequena.” Trauma. Michelle contou que também viu autoridades na instalação – onde não há brinquedos ou livros – repreenderem um grupo de crianças de 5 anos por brincarem dentro de sua gaiola, ordenando que se acalmassem. Mas um garoto próximo da cela não estava brincando com os outros. Segundo Michelle, ele estava quieto, segurando um pedaço de papel que era uma cópia da carteira de identidade de sua mãe. “O governo está literalmente levando as crianças para longe de seus pais e deixando-as em condições inadequadas”, disse a defensora. “Se um dos pais deixasse uma criança em uma gaiola sem supervisão com outra criança de 5 anos, eles seriam responsabilizados.” A chefe da Academia Americana de Pediatria, Colleen Kraft, que visitou um abrigo no Texas, viu uma criança ainda engatinhando que chorava descontroladamente e batia os punhos contra o chão. Os funcionários tentavam consolar a criança, que parecia ter cerca de 2 anos. Ela havia sido tirada de sua mãe na noite anterior. Os funcionários deram a ela livros e brinquedos, mas não podiam segurar ou abraçar a criança para que se acalmasse. “O estresse é esmagador. O foco precisa estar no bem-estar dessas crianças”, disse a médica.


Dentro de um armazém antigo no sul do Texas, centenas de crianças esperam, dentro de gaiolas de metal. Uma das celas era ocupada por 20 crianças. Garrafas de água, sacos de batata frita e grandes folhas de papel, que servem de cobertores, se espalham pelo lugar.

Uma adolescente contou a uma defensora pública que estava ajudando a cuidar de uma criança pequena que não conhecia, porque a tia da menina estava em outro lugar do armazém. Ela conta que teve de usar seu celular para ensinar às outras crianças com quem dividia a cela como trocar fralda.


Armazém no Vale do Rio Grande abriga filhos de imigrantes ilegais pegos cruzando a fronteira entre o México e os EUA Foto: Reuters



A Patrulha de Fronteira permitiu que repórteres visitassem a instalação em resposta às críticas contra a política de tolerância zero do governo Trump, que tem resultado na separação de famílias. Os repórteres não foram autorizados a entrevistar as pessoas ou a tirar fotos.

+ Estados Unidos enviam imigrantes a prisões federais

Mais de 1,1 mil pessoas estavam dentro da instalação ampla e escura, dividida em alas para crianças desacompanhadas, adultos sozinhos e mães e pais com filhos. As gaiolas de cada ala têm acessos a áreas comuns e banheiros químicos. A iluminação fica constantemente acesa.

Segundo a Patrulha de Fronteira, cerca de 500 menores no local estão acompanhados pelos pais, mas outros 200 estão sozinhos. Muitos dos adultos que cruzam a fronteira sem permissão podem ser acusados de entrada ilegal e levados presos, sendo separados de seus filhos.

Cerca de 2,3 mil crianças foram tiradas de seus pais desde que o secretário de Justiça, Jeff Sessions, anunciou a nova política, determinando que os funcionários do Departamento de Segurança Interna encaminhassem todos os casos de entrada ilegal nos EUA para serem processados criminalmente. Igrejas e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram duramente a política, chamando-a de desumana.

+ População imigrante nos EUA superou os 43 milhões, segundo estudo

Histórias se espalharam de menores sendo arrancados dos braços dos pais, e estes incapazes de saber para onde seus filhos foram levados. Um grupo de congressistas visitou a mesma instituição no domingo e foi designado para visitar um abrigo onde estão cerca de 1,5 mil crianças, muitas separadas dos pais.

No Vale do Rio Grande, no Texas, que é o corredor mais movimentado para aqueles que tentam entrar nos EUA, funcionários da patrulha argumentam que precisam reprimir os imigrantes e separar os adultos das crianças para desencorajar outras pessoas. “Quando você isenta um grupo de pessoas da lei, isso cria um atrativo”, justificou o chefe da patrulha, Manuel Padilla.

Os funcionários que administram o local disseram que todos os detidos recebem alimentação adequada, acesso a chuveiros, roupa lavada e assistência médica. A ideia é que as pessoas passem pouco tempo na instalação. Nos termos da legislação dos EUA, crianças devem ser entregues em até três dias aos abrigos financiados pelo Departamento de Saúde.

Padilla diz que os funcionários no Vale do Rio Grande permitem que famílias com crianças menores de 5 anos fiquem juntas, na maior parte dos casos. Uma defensora pública, porém, que passou várias horas no local diz ter ficado profundamente perturbada com o que encontrou. Michelle Brane, diretora da Comissão de Mulheres Refugiadas, se encontrou com uma garota de 16 anos que estava cuidando de uma menina mais nova há três dias. A adolescente e as outras pessoas em sua gaiola supunham que a menor tinha 2 anos.

Ela contou que, depois que um advogado começou a fazer perguntas, os agentes encontraram a tia da menina e reuniram as duas. Assim, descobriram que a criança tinha 4 anos. Parte do problema era que a menina não falava espanhol, mas k’iche, uma língua indígena da Guatemala. “Ela estava tão traumatizada que não estava falando”, disse Michelle. “Estava apenas encolhida, como se fosse uma bola pequena.”

Trauma. Michelle contou que também viu autoridades na instalação – onde não há brinquedos ou livros – repreenderem um grupo de crianças de 5 anos por brincarem dentro de sua gaiola, ordenando que se acalmassem. Mas um garoto próximo da cela não estava brincando com os outros. Segundo Michelle, ele estava quieto, segurando um pedaço de papel que era uma cópia da carteira de identidade de sua mãe.

“O governo está literalmente levando as crianças para longe de seus pais e deixando-as em condições inadequadas”, disse a defensora. “Se um dos pais deixasse uma criança em uma gaiola sem supervisão com outra criança de 5 anos, eles seriam responsabilizados.”

A chefe da Academia Americana de Pediatria, Colleen Kraft, que visitou um abrigo no Texas, viu uma criança ainda engatinhando que chorava descontroladamente e batia os punhos contra o chão. Os funcionários tentavam consolar a criança, que parecia ter cerca de 2 anos. Ela havia sido tirada de sua mãe na noite anterior. Os funcionários deram a ela livros e brinquedos, mas não podiam segurar ou abraçar a criança para que se acalmasse. “O estresse é esmagador. O foco precisa estar no bem-estar dessas crianças”, disse a médica.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Imigrantes fazem manifestação e greve de fome para entrar nos EUA Agência Brasi





Com o recrudescimento da política imigratória e a busca por um maior controle na fronteira entre o México e os Estados Unidos, uma manifestação de imigrantes da América Central, que acontece anualmente desde 2010, acabou em conflito, com envio da guarda nacional à fronteira e uma greve de fome de 15 imigrantes.

Os imigrantes, que participam da chamada Via Crucis do Imigrante, protestam no estado de Oaxaca por ainda não terem recebido vistos humanitários temporários. Segundo entidades de defesa humanitária, os vistos foram prometidos pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto.


A maioria dos imigrantes é proveniente de Honduras, Guatemala e El Salvador, mas segundo a ONG Povo Sem Fronteiras, os vistos ainda não foram concedidos a todos.

O grupo tinha cerca de mil pessoas quando a viagem começou no final de março, no sul do México. De acordo com a imprensa local, parte deles agora está no estado de Oaxaca, a cerca de mil quilômetros da fronteira com os Estados Unidos.

Agências internacionais que acompanham a caravana relatam que o grupo já teria se separado, e pelo menos 200 pessoas partiram junto a um carregamento de mercadorias, conhecido como La Bestia, chamado localmente de comboio da morte, pelo perigo relacionado à presença de cartéis de drogas e contrabando na região.

Pressão

O México recebe imigrantes de países da América Central, muitos deles com alto grau de violência e presença de cartéis de drogas, que tentam chegar aos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que é pressionado pelo governo de Donald Trump para não "facilitar" a entrada desses imigrantes em território norte-americano.

A pressão já existia na administração de Barack Obama. Entre 2014 e 2017, o México deportou mais de 420 mil pessoas da América Central. Mas o governo Peña Nieto é pressionado também por entidades de direitos humanos para permitir a passagem ou a permanência temporária dos cidadãos centro-americanos.

Agora, com a gestão Trump, a pressão aumentou, inclusive porque uma das diretrizes do governo norte-americano é a construção do muro fronteiriço, projeto pendente de liberação de verbas no Congresso americano.

Manifesto

As caravanas Via Crucis surgiram em 2010, no mesmo ano em que foram encontrados 72 corpos de imigrantes

Espanha resgata 476 imigrantes em travessia no Mediterrâneo em dois dias da América Central e da América do Sul em uma vala comum em Tamaulipas, estado mexicano, próximo à fronteira com o Texas, sul dos Estados Unidos. Na época, sobreviventes contaram que os imigrantes foram mortos ao se recusar a pagar a cartéis e coiotes da região, para a travessia.

Desde então, são realizadas anualmente manifestações com a presença de entidades e coletivos locais de apoio humanitário.

Em abril, antes do início da caravana, o presidente Trump classificou o governo mexicano como "permissivo" em relação à entrada de grandes fluxos "de drogas e de pessoas nos Estados Unidos".

O governo norte-americano já confirmou a presença de 2,4 mil homens da guarda nacional na fronteira do Texas, Arizona e Califórnia, para prevenir a chega de imigrantes.

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Comitiva do governo vai a Roraima avaliar situação dos imigrantes venezuelanos.



Uma das medidas em estudo pelo governo brasileiro é restringir a entrada de refugiados do país vizinho


Diante da grave crise humanitária na Venezuela e da entrada de muitos venezuelanos no País, o governo federal prepara uma comitiva - com representantes da Casa Civil, Defesa, Justiça e Gabinete de Segurança Institucional e outros ministérios - para monitorar a situação dos imigrantes venezuelanos e definir ações sociais e governamentais. O governo pretende fazer uma espécie de recenseamento do número de refugiados para poder criar planos que possam atender parte da população, sem prejudicar ainda mais os serviços e a situação local.


Uma das medidas em estudo pelo governo brasileiro é restringir a entrada de refugiados do país vizinho. O fechamento da fronteira, entretanto, segundo fontes, só será colocado em prática após um recenseamento. A data da visita da comitiva ainda está sendo fechada, mas técnicos da Casa Civil já desembarcarão em Roraima no dia 8.

De acordo com o ministério da Justiça, os pedidos de refúgio têm crescido bastante. Em 2016, foram 3.356 solicitações, já no ano passado o total registrado foi de 17.865 venezuelanos. Fontes com acesso as negociações ponderaram que o número é mais expressivo já que "milhares" de venezuelanos entram sem qualquer registro.

A Casa Civil vai coordenar o trabalho de recenseamento, mas diversas outras pastas farão um trabalho conjunto parar tentar minimizar os danos aos cidadãos venezuelanos e brasileiros de fronteira. No caso da vistoria desta semana a coordenação dos trabalhos será feito pelo GSI. Roraima é o Estado que mais tem sofrido com a entrada de venezuelanos. Os venezuelanos entram no país por ali e instalam-se na maioria das vezes na capital Boa Vista e na cidade de Pacaraima.

Além da possível restrição da entrada de venezuelanos, o governo estuda também a possibilidade de construir locais para abrigar os refugiados.

Ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer assinou o Decreto sobre o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório. "Agora, o solicitante de refúgio ganhará um documento que dará acesso à carteira de trabalho, ao CPF, à possibilidade de uma conta bancária. Essa, naturalmente, é medida que fortalece a dignidade de quem está em circunstância, convenhamos, vulnerável", disse Temer. "É, na verdade, medida benéfica do mesmo modo para a segurança do Estado brasileiro, porque nós autoridades teremos informações mais completas sobre o universo dos solicitantes de refúgio", completou.

Ranking do Ministério da Justiça mostra que os venezuelanos foram os que mais pediram refúgio ao governo brasileiro no ano passado (17.865). Entre as nacionalidades que mais recorreram ao Brasil em 2017 solicitando refúgio estão os cubanos (2.373 pedidos), haitianos (2.362), angolanos (2.036), chineses (1.462) e senegaleses (1.221). Os sírios, que vivem anos de guerra civil em seu país, aparecem em sexto no ranking com 823 pedidos de refúgio ao Brasil.

Itamaraty

Nesta terça-feira, 6, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota afirmando que o governo brasileiro "repudia o sistemático e inaceitável empenho do regime autoritário venezuelano em eliminar da atividade política partidos, frentes e personalidades da oposição". "A invalidação pelo conselho nacional eleitoral do partido Primer Justicia soma-se à inabilitação das agremiações Mesa de la Unidad Democrática e Voluntad Popular e à cassação dos direitos de Leopoldo López, Antônio Ledezma, Maria Corina Machado, Henrique Capriles, Freddy Guevara e David Smolanski, entre outros, como uma evidência a mais do absoluto desapreço das autoridades venezuelanas pelo pluralismo político e partidário", afirmou.

"O governo brasileiro reitera sua convicção de que a reconciliação do povo venezuelano haverá de resultar de diálogo de boa fé com ampla participação das forças da oposição e da sociedade civil, em busca de uma saída pacífica para a crise que tanto aflige esse povo irmão", completa a nota.



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