terça-feira, 11 de abril de 2017

Aloysio baixa o nível com a direita para defender Lei da Imigração






Se há algo que pode ser definido como o cúmulo da indignidade, é aquilo que fez o chanceler Aloysio Nunes para defender sua malfadada (e maldita) Lei da Imigração (prestes a ser votada na próxima 3ª feira), após sofrer duras e merecidas críticas por parte de Joice Hasselmann e Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Ambos lembraram que a lei abre as portas para o terrorismo, dentre outros riscos inerentes ao multiculturalismo já vivenciados de modo aterrador pelos europeus.

Talvez nada revele com maior nitidez o duplo padrão adotado por alguns tucanos do que a resposta dada pelo chanceler, que catalogou todos os argumentos de Joice e Luiz Philippe como "mentiras". Afirmou que "não há uma só letra no projeto que dê margem a alguém com um mínimo de discernimento ou honestidade intelectual a interpretação de que estamos 'abrindo fronteiras para terroristas ou traficantes' ou que 'um exército terrorista e narcotraficante, travestido de indígenas, violará nossas fronteiras'". Aqui a falácia de Aloysio é nítida: ele confundiu uma lei que dá brechas ao terrorismo com uma lei que forçaria o terrorismo. Schopenhauer definiria isso como falácia da ampliação indevida.

Em seguida, afirmou que o público-alvo da nova Lei de Imigração "são as pessoas de bem". O curioso é que ele parece não se preocupar com as pessoas de bem que já vivem no Brasil.

O momento mais risível do discurso de Aloysio é aquele no qual ele diz que os migrantes contribuem "enormemente para o nosso desenvolvimento com o seu trabalho". Só que hoje no Brasil vivemos um problema de desemprego endêmico. A proposta de Aloysio visa apenas aumentar o desemprego de nosso povo em benefício de seu projeto globalista.

Arrogantemente, ele pede que seus críticos saiam de seus castelos e parem de fazer "terrorismo intelectual" e de manifestarem "egoísmo e hipocrisia", ou seja, em completo desrespeito pelos seus interlocutores. Eis a prática vergonhosa de falar grosso com críticos que pertençam à direita, mas sempre tendo afinado a voz para petistas.

Aloysio Nunes deve desculpas ao povo brasileiro por sua arrogância lançada contra os críticos da Lei de Imigração. Enquanto ele não pede desculpas, vale assistir ao vídeo de Bia Kicis. Seja lá como for, ganhamos mais um motivo para exigir que essa lei seja enterrada.